sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Violinista com paralisia volta a tocar com tecnologia de brasileiro

Voltar a tocar mesmo sem andar, falar ou se expressar. Uma violinista que perdeu os movimentos depois de um acidente de carro há 30 anos voltou a tocar graças a uma tecnologia com ondas cerebrais.
A técnica foi desenvolvida por um brasileiro, o professor Eduardo Miranda, da Universidade de Plymouth, na Inglaterra.
Há anos ele faz pesquisas que combinam música, computação e biologia pra que pessoas com deficiência possam se expressar musicalmente.
Rosemary Johnson não consegue mais se mover ou falar, mas usando sensores acoplados à sua cabeça conseguiu selecionar notas exibidas em uma tela – que foram, tocadas, então, em tempo real, por uma antiga colega, a violinista Alison Balfour-Paul.
Tudo foi registrado num curta metragem. (vídeo abaixo)
Comunicação pela música

“Na primeira vez que fizemos um teste com a Rosemary, fomos às lágrimas. Podíamos sentir a alegria vindo dela”, lembrou o brasileiro, que também é compositor de música clássica contemporânea.
“Quando vi Rosie pela primeira vez, algo estalou. É muito interessante trabalhar com ela.
Uma vez que ela é uma musicista clássica, não preciso perguntá-la muitas coisas. Por meio da tecnologia, estamos quase instantâneamente trabalhando no domínio da comunicação musical”.
“Trabalhar com ela está nos ajudando a desenvolver e formatar esta tecnologia. É uma mistura maravilhosa entre ciência e criatividade”, diz Eduardo Miranda.
Acidente

Johnson tinha 22 anos e era a quarta violinista da Ópera Nacional de Gales em 1988 quando sofreu um acidente de carro, a caminho de um concerto.
Ela estava na orquestra havia apenas nove meses quando se acidentou.
Balfour-Paul, que vive em Cardiff, capital do País de Gales, foi contatada há seis semanas por uma amiga em comum, que manteve contato com Johnson.
Até então, a equipe não havia encontrado uma pessoa que pudesse tocar com ela. Balfour-Paul permaneceu na Ópera Nacional de Gales após o acidente da violinista e agora trabalha como instrumentista autônoma.

“Aceitei porque fui colega de Rosie há 29 anos. Ela era uma musicista amável, com tudo indo a seu favor. Mas se envolveu neste terrível acidente, que danificou gravemente o seu cérebro”, conta Balfour-Paul.
Técnica brasileira 

A tecnologia do professor brasileiro vem sendo estudada desde 2003 com uma equipe de engenheiros e profissionais da área da saúde do Hospital Real para Deficiências Neurológicas em Londres e
“A ideia surgiu quando eu li uma notícia que cientistas estavam desenvolvendo métodos para controlar máquinas usando sinais elétricos cerebrais, chamados eletroencefalogramas.
Eu achei a ideia fascinante e comecei a investigar a possibilidade de usar esse tipo de tecnologia para criar instrumentos musicais eletrônicos”, lembra o brasileiro.
“No início, minha intenção era de desenvolver algo parecido com um estetoscópio cerebral para escutar e gravar os sinais elétricos do meu cérebro”.

Miranda conheceu Wendy Magee, uma médica australiana que trabalha com terapia musical para pacientes severamente paralisados, e resolveu focar o projeto em pessoas nessa situação.
Agora, o professor conta que a tecnologia ainda tem um longo caminho de aperfeiçoamento pela frente e deve chegar ao Brasil.
“Estou em contato com algumas instituições brasileiras para ver se podemos mostrar o trabalho no país no ano que vem. Mas, o trabalho não está pronto ainda para ser usado mais amplamente. Tem muito a ser feito para resolver vários problemas técnicos e práticos”, disse o brasileiro que precisa da disponibilidade de colaboradores e de financiamento para seguir em frente com a tecnologia.
veja foi emocionante


Fonte-Cantinho dos cadeirantes

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