terça-feira, 3 de abril de 2018

Cães adestrados ajudam estudantes com deficiências

                                             Foto: Arthur Mota / Folha de Pernambuco

Por: Portal FolhaPE, com informações de Priscila Costa

Cães adestrados serão utilizados em seis escolas da Rede Municipal de Ensino de Olinda como ferramenta terapêutica para crianças com dificuldades cognitivas, motora e psicológicas. Segundo a prefeitura, cada escola contará com um professor de educação especial que dará aulas práticas de 40 a 50 minutos, a cada 15 dias, para evitar o estresse dos animais, começando na próxima quinta-feira (5), na Escola Pro Menor.


O projeto Bolinha de Pelo funciona com o apoio de voluntários e existe desde o ano passado em Olinda, beneficiando 22 alunos da escola Norma Coelho com a ajuda de Max, cão da idealizadora do projeto, Cássia Leôncio, que sofreu uma necrose da cabeça do fêmur e contou com a ajuda do animal durante a recuperação.


Com a expansão do projeto, serão beneficiadas as escolas Claudino Leal, Isaulina de Castro, Coronel José Domingos, Lions e Pro Menor, somando 90 alunos. Eles contarão com seis cães doutores, todos da raça Golden Retriever: Max, Mel, Aurora, Luna, Raio de Sol e Justin. Para ser um Bolinha de Pelo é preciso passar pelo treinamento dos Cães Doutores, um outro projeto que atua de maneira similar, só que nas unidades públicas de saúde, e que dispõe de estrutura para capacitar os animais.


Graças ao adestramento, os animais recebem ordens com facilidade, o que facilita a criação de um elo entre cão e estudante, o que pode ajudar no desenvolvimento da confiança das crianças, na postura da voz. “A gente não tá preparando um estudante somente para a escola, mas para o mundo. Os pais são beneficiados, a escola e a sociedade, porque a gente percebe o avanço desses estudantes”, destaca a idealizadora.

A estudante de psicologia e estagiária numa das escolas, Aline Raquel Lira, conta que o projeto vai levar socialização para as crianças e que o contato criança-animal pode estimular a quebra do medo das crianças para com os cães. “Eu conhecia a cinoterapia através de artigos, e por isso a gente que trazer, para ver se o que vemos na base bibliográfica vai ser tão eficaz na prática”, destaca sobre o uso de animais no processo terapêutico.

Cássia ainda sinalizou que deve começar a planejar possíveis investimentos no projeto, que depende dos voluntários e seus animais. “Essas pessoas que vem com seus cães fazem-no por amor, eles doam amor e recebem amor de volta. Quando a gente participa de um projeto desse não está beneficiando somente o estudante, a gente também sai uma pessoa melhor, ao olhar para o outro e ver suas possibilidades, pessoas que as vezes são tão esquecidas.”, destacou.




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